Depois de uma semana com o meu P. a namorar no mais alto Minho - tão tão alto que íamos a Espanha abastecer o carro!, a fazer canoagem no rio Lima (eu sou pro em canoagem!), de molho no rio Minho, a beber sangria por canecas de barro e a saltitar música celta numa Feira Medieval, a tirar dezenas de fotos, a dormir a sesta à sombra deitados na relva, a estar rodeada de pessoas com um sotaque tão tão carregado que era mais fácil compreender os espanhóis (é mesmo verdade!), longe da tecnologia, sem computador, sem net, sem ver tv (oh, sim, e as coisas de qualidade que se perdem!)...
...preparo-me agora o Avante(*) do próximo fim-de-semana, para sujar os pés todos com o pó do recinto, para as dezenas de Carvalhesas que se aproximam e para estar sentada na relva com copo de cerveja na mão.
(*) E se me vão chamar comuna, é porque nunca foram ao Avante!
Quando uma pessoa (*) está de férias há um mês, dorme uma média de 9 a 12 horas por noite e continua com olheiras, pode acreditar com elevado grau de fiabilidade na sua cronicidade e que nada as fará desaparecer. Certo?
Não é que encontrei a Heidi Klum, potente que só ela, estampada numa t-shirt?
Claro que já cá canta.
19 de agosto de 2009
A Kate não sobreviveu. Foi o melhor tratada que poderia ter sido. Já estava habituada a nós, à casa, ao sítio onde dormia, aos sons, ao espaço. Continuava não muito enérgica, caquética e minúscula mas como até comia com satisfação, pensei que era só dar tempo ao tempo. Hoje de manhã, quando fui ver dela, estava, como sempre, na cama. Só que tinha os olhos abertos e já não respirava.
Foi pela morte de uma gata que tive durante oito anos que, durante muito tempo, não quis voltar a ter gatos. E é por causa disto que, provavelmente, não vou voltar a querer.
Edit:obrigado por todos os comentários, são uns queridos!
12 de agosto de 2009
Qual é a obsessão que as pessoas têm em mandar beijos para toda a gente que conhecem, quando vão à televisão? Que irritante!
Um beijinho para o meu irmão que está na Suiça e para o meu marido que está em casa.
Se está na Suiça, pega no telemóvel e telefona-lhe, é bem mais produtivo. Se o marido está em casa, dás-lhe um beijo quando chegares!
11 de agosto de 2009
Esta é a Kate. [O nome não é nenhuma alusão egocêntrica a mim própria, foi o meu irmão que escolheu!]
É o mais recente - e sexto - membro da família. Tem dois meses e é cinzenta-azulado, como o Napoleão do anúncio bla-bla-bla-Whiskas-saquetas. Fui buscá-la ontem à tarde a uma loja onde as pessoas deixam ninhadas que não querem, numa alternativa saudável a abandoná-los. Lá, mantêm-nos desparasitados num espaço onde coabitam dez gatinhos num cubículo minúsculo e vendem-nos a preços menos do que simbólicos (só para terem uma ideia, a tigela da comida custou mais do que a própria da gata). A minha intenção, antes de lá chegar, era trazer um gato macho. Aliás, nem tinha autorização para trazer outra coisa que não um gato. Mas apaixonei-me por ela e teve de ser.
É minúscula, parece um ratinho, como se pode comprovar na foto acima, em comparação com o tamanho da minha mão. Veio magrinha magrinha. Sentem-se-lhe de tal modo as costelas quando se lhe toca que o meu pai diz que parece um acordeão. É frágil, assustadiça, tímida e ainda pouco aventureira e só se sente segura quando estamos por perto. Tem medo de tudo menos de nós. Não gosta dos brinquedos porque a assustam e são praticamente do tamanho dela. Sobressalta-se com quase todos os sons. No veterinário, depois de levar as vacinas, desmaiou. É uma boneca, pode pegar-se-lhe de todas as formas que ela deixa. Não mostra as unhas, não bufa, não mostra os dentes, desconfio que não sabe correr e miar, não consegue de todo, esboça uns sons que não passam de uma tentativa fraca. Derrete-se toda com festas. Tanto que cai, literalmente, para o lado. Se passarmos mais de cinco minutos a fazer-lhe festas na barriga, acaba por adormecer. Fez três vezes, desde que está cá em casa, um cocózinho minúsculo. Uma vez no tapete da sala e duas vezes na caixa de areia. Por esta ordem, o que só pode ser bom sinal.
E, no que toca a mim, vai ter uma vida de princesa.
Adoro ler. Há poucas coisas que goste tanto de fazer como ler. Quando era pequena, devorava livros. Agora, tenho tanta pena!, a interferência de livros técnicos, da faculdade, não me permite o mesmo ritmo voraz. Não tenho UM livro preferido. Seria injusto. Mas assim, de repente, sem pensar muito... O Livro do Desassossego, O Arranca Corações de Boris Vian, A Metamorfose de Kafka, O carteiro de Pablo Neruda, O Mundo de Sofia, O [eterno] Principezinho, Alice no País das Maravilhas de Lewis Carrol (SIM!), Ensaio sobre a Cegueira... são bons candidatos.
The Reader
Se há coisa que não faz os meus olhos ficarem brilhantes é saber acerca de uma pessoa que "não gosto de ler". Cada um gosta do que gosta (oh frase brilhante e inspirada!). Mas uma pessoa que goste de ler, transmite-me logo uma imagem diferente. Não tenho a culpa, é inconsciente.
Quase sempre leio mais do que um livro ao mesmo tempo Neste momento, estou a ler Ontem Não te Vi em Babilónia do Lobo Antunes (haja coragem!) e A Viagem do Elefante do Saramago. Livros de auto-ajuda, biografias, policiais, ficção científica e fantasia (Harry Potter, Senhor dos Anéis e por aí...) dispenso bem, obrigado. Tirando isso, a minha lista de "Livros por Ler" nunca pára de crescer.
E o lado positivo da gripe que está na moda é: finalmente os portugueses familiarizam-se com o acto rápido, simples, barato, eficaz e indolor que é o de lavar as mãos, desconhecido por tantos.
Adriana Lima
5 de agosto de 2009
Vou fazer um interRail no próximo Verão. (Sim, ainda falta um ano, eu sei. Mas ando entusiasmada!). Em princípio o plano é: vinte e dois dias por Espanha, França, Itália e Grécia, com muitas paragens nos dois últimos.
Alguém já fez? Dicas, conselhos, avisos, relatos são bem-vindos.
E foi giro. Calminho e relaxante e para repôr energias.
[ Onde está o cabelo-sereia? Ham... Ficou espalhado no chão de um cabeleireiro de Lisboa, a ser varrido por um brasileiro que não disfarçava o seu orgulho gay e o seu grande desgosto por me terem cortado quase metade. Ficou bem mais desgostoso do que eu. Eu fiquei leve. Afinal, gosto. ]
Não gosto. Não gosto mesmo nada. Excluo já deste post as alianças de casamento e as de noivado. É normal que, sendo o casamento uma cerimónia, um ritual, tenha associado um símbolo. E, se um dia, for pedida em casamento, espero que haja anel, sim senhor!, e muitas lágrimas de emoção e muita lamechice como convém.
Agora… alianças de compromisso? Simbolizam o quê? É para olhar para o dedo e não nos esquecermos que temos um compromisso? Senão, o quê? Ai que amnésia que me deu, será que estou comprometido? (Olha para o dedo). Ah, estou, agora já me lembro.
Uma aliança não é uma tatuagem. É só querer, precisar, dar jeito e ela sai, ui!, que é uma facilidade. Alguém que queira desrespeitar o compromisso, é por usar aliança que vai deixar de o fazer? É por isso que o compromisso se torna…mais sério? Não me parece nada. Eu sou uma rapariga de namoros longos, de anos. E nunca usei nada no dedo. E tanto que as minhas mãozinhas me agradecem! E conheço casais que trocaram alianças e aquilo acabou que foi um ar que lhe deu. É uma prova de amor? E o carinho, o respeito, a paixão, a amizade, a cumplicidade, a fidelidade…todos os dias. Não é isso O Amor?
Acho piroso. Acho fatela. Acho feio. Acho para inglês-ver, que é como quem diz, para os outros verem. Não sei se prefiro alianças de comprometido, daquelas fininhas, de ouro (detesto ouro!), com os nomes de ambos gravados e a data de seja lá o que for ou cães de louça. Mas, tendo de ser, acho que sou mais pelos cães de louça.
Adriana Lima
[Se precisarem de mim a partir de amanhã, é procurar em Vilamoura. Estarei algures por lá. Eheh.]
[ E não me venham dizer que foi um de vocês a brincar que eu fico chateada!]
[ Ainda me vou arrepender deste post!]
Adenda em relação ao post abaixo: não vos queria aborrecer, não gosto de vir cá relatar os meus dias e foi por isso que não houve comentários! Foi só ontem!
Grandes queridos (em jeito de diário),
não gosto de falar excessivamente sobre as minhas coisas. Gosto mais de escrever coisas acerca das quais possam dar opinião. Mas hoje foi um dia recheado. O Daniel Sampaio (*), querido fofinho que só ele (estou mesmo a desenvolver uma espécie de adoração pelo senhor) deu-me 18 na oral que correu realmente muito bem. Além de ter tido a honra de estarmos ali um bocado em amena cavaqueira. O meu orgulho, esta nota! Depois, provavelmente, fracturei o segundo dedo do pé debaixo do ténis do meu namorado. Passo amanhã nas Urgências para ver isto. E finalmente, fui ao Estádio ver a apresentação do meu Benfica e os caracolinhos do David Luiz. Perdemos mas não faz mal porque estava um grande ambiente que me encheu o espirito. E além disso, o meu namorado é sportinguista e quase se deu ali uma conversão. Ele até se levantou no golo do Benfica, apesar de agora negar. Estou oficialmente de férias e Sábado, ala Algarve que cá vou eu.
Amanhã passo nos vossos blogues e leio tudinho o que tenho em falta.
[ Agora tive vontade de assinar Cat mas é estúpido porque mais ninguém pode ter escrito isto além de mim. ]
(*) Espero que não apareça o link deste post quando as pessoas pesquisarem o nome dele no Google. Era chato.
Já viram algum pedinte sem-abrigo a falar ao telemóvel?Eu já. DOIS!
Vai mas'é trabalhar, ó!
17 de julho de 2009
Depois de ter despachado três exames no espaço de uma semana (um deles com um certa distinção, já agora!), estar agora a estudar a minha querida Psiquiatria para a oral da próxima terça-feira (*) parece-me uma delícia, comparado com o que já passou. Já me cheira quase quase a férias e a fazer tudo e mais alguma coisa que não seja absolutamente nada produtivo. O meu corpo pede descanso e a minha pele pede vitamina D e os meus olhos pedem óculos de sol ao sol e a minha mente pede coisas que exijam um esforço intelectual pequeno pequenino. Estou quase quase de volta.
(*) Com o grande, enorme e de quem sou absoluta e assumidamente admiradora Daniel Sampaio. Estão a ver quem é?
Quando era pequena, adorava praia. Agora cada vez gosto menos de lá ir. Aliás, pressinto que estou quase quase a deixar de gostar. Não é a praia em si: praia-praia, adoro. Adoro o Sol, sal e mar. Se tivesse uma praia privada, só minha, ó maravilha, ó perfeição, ó correr à beira-mar com os cabelos ao vento e ó cavalgar num cavalo branco areal acima e areal abaixo! Mas como não tenho uma só minha, ir à praia é um acto demasiado social.
Porque se começar a pensar nas virilhas mal depiladas, nas outras - nem bem nem mal - simplesmente não depiladas, nas crianças a fazer chichi na água com a autorização dos pais (Tens chichi? Vai ali fazer à água!), nos pseudo-Zezé Camarinha enfiados na sua cuequinha e no seu fio de ouro, nos cães desconhecidos que às vezes tomam banho ao nosso lado, nos fios dental em senhoras cujo volume de rabo é quase igual a todo o meu volume corporal, no cheirinho a batata frita, a rissol e a pastel de bacalhau que a família do lado decidiu trazer para o almoço, nas criancinhas irritantes que passam a correr e enchem de areia a toalha que acabámos de sacudir, no vizinho do lado que sacode a toalha para cima de nós, na bola que vem a voar e representa um perigo eminente para a nossa integridade cranio-facial, em todas as informações demasiado privadas que é impossível não ouvir quando o a pessoa do lado fala ao telemóvel, nos emigrantes a gritar às crianças Vien ici, Cristophe, senão levas um tabefe nessa cara!, e portanto em tudo e mais alguma coisa que decidiu acampar ali a dois metros , às vezes só um, de nós, sem pedir autorização[Claro, comigo tinha de existir um requerimento carimbado, a pedir autorização!]...se pensar nisto tudo, a vontade de ir à praia passa a ser zero. Claro que se viermos para as praias da Linha, especialmente as mais próximas de Lisboa, temos ainda essa grande referência mundial: os mitras, com os seus brinquinhos reluzente e o seu rádio ao ombro a passar Kizomba.
Eu sou uma rapariga descontraída que, geralmente, nem sequer tem nenhum tipo de constrangimento no contacto interpessoal. Mas na praia não dá, preciso do meu espaço onde nenhum pé desconhecido entre.
Enquanto eu estudava Cirurgia, o Michael Jackson morreu (R.I.P.), caiu outro avião no mar, os meus pais foram passar uns dias a Marrocos (sim, sem mim!), a minha irmã começou a namorar, benfiquistas e sportinguistas praticaram wrestling no jogo dos Júniores (naquela variante em que se podem usar objectos como arma de arremesso), o Elton John veio a Portugal e, adivinhem!, desta vez deu mesmo concerto e aquela miúda de quinze anos que tenta recuperar a custódia do filho saltou directamente para todos os noticiários [* ]
E agora vou passar nos vossos blogues para saber o que aconteceu com vocês. Estou com saudades vossas. O meu exame de Cirurgia foi ontem e correu bem. E dia de exame é dia santo, a seguir ao exame, não se faz mais nada senão laurear a pevide. Mas agora é non-stop, um por semana até fim de Julho. O proximo é Neurologia, já na próxima quarta-feira. Por isso vou continuar meio desaparecida. Obrigado pelos comentários fofinhos do post abaixo, meus grandes queridos. Gostei.
[ *] Quando passo dias enclausurada a estudar, o meu humor fica, não castanho, não azul escuro, não cinzento...fica mesmo negro. E o meu humor negro obrigou-me a soltar uma gargalhada sonora quando ouvi que a aconselharam a parar a greve de fome sob risco de ser ela própria retirada aos seus pais. E ainda fiz outra constatação acerca disto. Mas não posso dizer porque é mau demais.
É como está este blogue, agora. Estou rodeada de apontamentos de Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica e Cirurgia Vascular e de Oftalmologia e de Neurologia e de Psiquiatria - que é a única coisa que salva os dias! E por mais que tente, o conhecimento não me entra por osmose. Damn it! E só sobre rabinhos (vá, recto e canal anal) tenho quase quarenta páginas para ler. E outras coisas que, bem... até punha umas fotos mas vocês não iam achar bonito.
O meu namorado que é um rapaz sensato, acha que perco demasiado tempo aqui, durante o qual poderia estar a estudar. E por muito que me custe admitir [ ai, custa tanto, detesto não ter razão! ], é verdade. (Ele pára pouco por cá, pode ser que não veja isto!). Por isso, durante uns tempos, só vou ter tempo para passar de vez em quando nos vossos blogues e actualizar o meu ainda menos vezes do que isso. Não me esqueço de vocês, grandes queridos. Não se esqueçam de mim.
Está aberta a época de exames.
É preciso uma grande ginástica, é o que é!
[Sarah Jessica Parker]
(*) É uma descriminação para os Manéis, é o que eu acho !
Ora o famoso jantar foi ontem. E foi muito giro. [Tirando o calor terrível que me fez abanar-me toda a noite com um freepostal e deixar metade da comida quente no prato!]
Gostei muito de conhecer todos. A Guida é queridissima e amorosa, exactamente como eu imaginava. O Miguel também é como o imaginava, nada com ar de quem no dia seguinte ia vestir uma toga, de copo na mão. José Tiago Piçarra: oh, ninguém lhe chama isso, é o Zica!. A Rita só veio provar a teoria de que estamos todos ligados uns aos outros: temos pessoas em comum. Adorei conhecer-te! O Gonçalo foi natural e espontaneamente um excelente anfitreão que me falou do papel da hipófise na dependência do café quando me viu emborcar dois cafés seguidos. O João foi o maior maluco que se sentou naquela mesa e também por coincidência, somos de relativamente perto um do outro! Odalisca e Zaahirah que eram as pessoas que conhecia menos bem daqui, foi um prazer!
Pedro, só para que saibas, o Jedi interpretou muito convicentemente o teu discurso e, como recordação do jantar, fui eu que fiquei com ele. Se existir próximo, espero que venhas.
Quem foi, adorei conhecer-vos. Quem não foi, azar, nem fotos vos mostro, vão para a próxima! [ Eu sou má, eu sou muuuuuuito má! ]
...que tenho o cabelo tamanho-sereia (que tapa as maminhas!) é que tenho um voucher, daqueles sites de experiências, para um cabeleireiro in e fashion (*) de Lisboa! Agora que o posso pôr a esvoaçar ao vento num carro descapotável (hipoteticamente falando...eu não tenho carro!). Agora que estou mais perto de conseguir atirá-lo ao meu namorado para ele trepar até ao meu 3º andar quando o coisinho (como se chama?) para abrir a porta do prédio não está a funcionar!
Agora já não quero.
Tyra Banks
(*) A minha definição de cabeleireiro in e fashé: 50% de hipóteses de sair de lá com o corte que quero, 50% de hipóteses de sair de lá com o corte que ele quer. Medo.
Gostava de saber qual é a vossa opinião, meus grandes queridos.Gostam, não gostam, gostam mais ou menos, adoram e têm trinta e dois só da cintura para cima, gostam mas só nos outros, são indiferentes ou não têm opinião formada?
Eu gosto. Tenho três (orelhas não contam) e já fiz cinco vezes (dois dos meus três tiveram de ser refeitos porque fecham no espaço de horas, incrível!). E, aparentemente, não tenho nada a ver com piercings. Tenho um ar muito lavadinho e sou muito feminina, obrigado. Não sou junkie, não meto ácidos, não tenho alargadores do tamanho de bolas de ping-pong, não tenho os braços cheios de tatuagens e não sou rufia. Aliás, provavelmente seria incapaz de fazer uma tatuagem. E os alargadores gigantes dão-me náuseas. Às vezes já estou a falar há horas com uma pessoa quando ela repara no meu único piercing visível e diz Olha, tens um piercing! É discreto. Lá está...é o estereótipo da pessoa que tem piercings. Errado. Eu não sou nada assim. Simplesmente gosto, não existe outro motivo senão esse. Tanto é motivo suficiente que fiz um que toda a gente detesta, menos eu. Agrada-me também o facto de ser uma coisa bastante temporária se comparada com uma tatuagem. Em excesso, como quase tudo, não gosto. E genitais e mamilares, oh, que medo!
Um professor já me disse Qualquer dia tem de tirar isso, sabe que há doentes que ficam melindrados. Eu acredito. E se achar necessário, hei-de tirá-lo. Mas acho injusto. Acho que se deveriam preocupar acima de tudo com as minhas capacidades técnicas e humanas do que com os meus piercings.[Se esse Professor sonhasse que a prenda que dei a mim própria no dia em que ele me passou com distinção na oral de Medicina I, foi um piercing, ter-me-ia chumbado, com certeza!].
Mas é um vício. E eu, apesar de ainda ter umas quantas ideias, já prometi ao meu namoraodo que não faço mais nenhum, por isso não farei, fechei a loja!
Foto: Ginnifer Goodwin , Jennifer Aniston e Drew Barrymore (e o seu piercing na língua)
Nao é seios, peitos ou derivados e se lhes chamam isso a pensar que estão a ser bem-educados, estão é a ser incorrectos. O nome médico, anatómico, científico, rigoroso e exacto é mamas.
[ Seios é mesmo uma imprecisão porque é um termo que existe em Anatomia e designa umas estruturas anatómicas que não as ditas cujas.]
Foto: Scarlett Johansson, ela e as suas.
12 de junho de 2009
Faço tudo para te ver com esse sorriso!, disse ele.
E eu apaixonei-me outra vez. E outra vez e outra vez e outra vez e outra vez.
[ Foto: The Kiss in Times Square (1945) ]
10 de junho de 2009
Portugal, Camões e Comunidades Portuguesas, Corpo de Deus e Santo António:
... em que existiam duas estações do ano amenas, intermédias, chamadas Primavera e Outono, que faziam a transição do tempo quente para o tempo frio e vice-versa. E que eram, por sinal, as minhas estações favoritas.
Agora, na mesma semana, transpiro com os 35ºC à sombra e apanha uma valente molha (como hoje de manhã!).
Eu gosto de sair e apanhar um pifo. Às vezes só, claro. Não é sempre que saio. Não tenho nenhuma espécie de problema. Não ando por aí a vomitar nos cantos (fica tão mal a uma rapariga!).
Os meus amigos são como eu. Por isso, já assisti e aturei bebedeiras de todos os géneros. Depressivas, daquelas que arrumam com a pessoa num canto, a chorar a noite toda (em mim, nunca nunca tem este efeito), as bebedeiras que dão para ir telefonar a um ex-namorado a chamar-lhe nomes, as que dão para cantar, para falar com desconhecidos, as que dão sono, as que dão para confissões surpreendentes das quais a pessoa se arrepende mal volta ao estado de sobriedade, as que dão para filosofar, as que dão desorientação, servindo mesmo bem para uma pessoa se perder sozinha por ruas desconhecidas, as que dão estados totalmente amnésicos (O quê, eu fiz mesmo isso?!), as que dão para declarações de Amor. As que fazem cair a cada dois passos, dar cambalhotas no meio da rua, fazer jogos estranhos de palavras. As que dão para os não-fumadores fumarem, para gastar mais dinheiro do que se pode.As que dão para o sentimentalismo.
...E o que é que me deu a mim, da última vez? (Maldita a hora em que olhei para aquele outdoor e aquela mensagem se colou profundamente no meu cérebro!). Deu-me para andar a dizer: Não sejas ovelha, bebe B! groselha.
Por isso, se a semana passada, na 5ªfeira, estiveram na festa do Técnico ou no Arraial de Farmácia (uma noite dá para ir a muitos sítios!) e se alguém que não conhecem vos olhou nos olhos com convicção e vos disse Não sejas ovelha, bebe B! groselha, fui eu. Podia ter-me dado para pior. Olhem se andasse por aí a dizer Longa vida na sua máquina com Calgon ou Azeite Galo, a cantar desde 1919. Não era pior?
[ Talvez telefone para a B! a pedir uma comissão. Não há almoços grátis, não é?]
Jessica Alba
Quem não bebe (admiro-vos, a sério!), comentem, envergonhem-me, vangloriem-se por não beber e tomem-me por mau exemplo. Eu mereço. Isso e um par de chicotadas.
... ou vão todos aqui inscrever-se no jantar de bloggers (cuja ideia surgiu na sequência deste post) ou forro-vos o quarto - tecto incluído, para ser a primeira coisa que vêm ao acordar - com fotos da Ana Malhoa, essa senhora tão pouco lavadinha.
[ Este é o local onde ficaria a foto que eu não tive coragem de colocar por não gostar da ideia de precisar de um saco de vómito sempre que venho ao meu próprio blogue. Obrigado! ]
Então, meus grandes queridos, vocês que andam aí a queixar-se dos exames...vou fazer-vos tãããão felizes agora!
A minha época de exames acaba dia 30 de Julho. [E o fim das aulas esse, nem vê-lo. Só no fim de Junho]
Não se sentem melhor? Mais sortudos? (Alguém acaba mais tarde? Alguém, alguém? Ah pois, ninguém!) Para que outra coisa estou eu aqui senão para vos servir e vos fazer felizes...!
Ora como tão bem sabem, a generalidade dos homens não prima pelo romantismo. Ou, pelo menos, não tem aquela sensibilidade feminina para a coisa. A não-sintonia romântica, muitas vezes, resulta em frases menos felizes, daquelas que nos deixam com uma cara de what the fuck?... não encontrando eles nenhuma espécie de razão para tal reacção (És uma exagerada! Mas que mal é que tem? Deves estar com cara de caso há 10 minutos por causa de alguma coisa que eu disse... )
E o top 3 das piores saídas de sempre que já tiveram para comigo em encontros-ou-espécies-de-namoro é: 1 -Para o tempo que demoraste, não estás assim tão gira. (Eu sei que não primo pela pontualidade mas não foi bonito. Nada bonito!)
2 - Depois de entrar no sítio onde eu, romanticamente, tinha preparado um jantar à luz das velas: Isto está giro, não se vê é nada! (Juro que não era assim tão pouca luz, dava para ver perfeitamente!) 3 - Era Inverno e eu estava a usar uma camisola branca quentinha. Ele disse: Oh tão querida, pareces uma ovelha! E isto continuou a parecer-lhe um elogio mesmo depois de eu ter ficado indignada. Ainda para mais sabendo ele do meu trauma com ovelhas. Não há desculpa! (O trauma baseia-se no facto de até aos dois anos idealizar as ovelhas como animais queridos, brancos e com um pêlo fofinho que nem algodão doce. Quando tive contacto com as ditas, o sonho desfez-se porque cheiravam mal, eram antipáticas e nem sequer eram brancas, eram cinzento sujo, as porcas!) Vá, digam-me que não foram bastante más, digam!
N.R.: As três brilhantes frases tiveram três diferentes autores.
Angelina Jolie
Edit: em resposta às vozes protestantes que se levantaram em abono das ovelhas: este não pretendia ser um post sobre ovelhas, está bem?
1 de junho de 2009
Qual é o fundamento da ideia de que quem muda as lâmpadas, lá em casa, é o homem?
É que mudar uma lâmpada é a coisinha mais simples e básica do Mundo. É só desligar o interruptor, desenroscar a lâmpada antiga e enroscar a lâmpada nova.
Sou a favor dos Fados do Lar, sim. Mas ponham-nos a fazer coisas úteis, difíceis, chatas, que não gostem. Homens: lavem louça (seca!), aspirem o carro (seca!), tirem a gordura do fogão (seca!), lavem as panelas com o fundo preto de quando a comida agarra (seca!), vão levar o lixo à rua (seca!), mudem a caixa de areia do gato (seca!), passem roupa a ferro, especialmente camisas (seca!), desentupam canos (seca!), afiem as facas (aaai que impressão que até os pelinhos dos braços se eriçam todos!), limpem o piaçaba (seca!), tragam os sacos pesados do supermercado para casa (seca!), montem os móveis do IKEA (seca!), descasquem cebolas (detesto!).
Agora trocar lâmpadazinhas?
Humpf! (um atirar de cabelo para trás das costas!)
Ai que sou tão forte e másculo, estou aqui a trocar uma lâmpada!