It sucks, é verdade. Mas é uma ingenuidade acreditar que o Tempo não cura tudo, tudo, tudinho. Mesmo que leve anos, passem vendavais, tsunamis ou outros desastres naturais, vão pessoas, venham pessoas.
Falo principalmente dos primeiros. Quando não se sabe lidar com a coisa. Quando era tudo cor-de-rosa, país das maravilhas, mimimi e de repente, olha, merda pr'aquilo tudo. E embarca-se numa espécie de egocentrismo. Muito dramalhão, uso abusivo de palavras drásticas, acreditamos piamente que - afinal não vai ser só em 2012 - o mundo vais mesmo acabar ali. Achamos que nunca ninguém sofreu tanto como nós, que nunca ninguém sentiu tão intensamente aquilo que estamos a sentir, achamos que Maria Madalena quando se arrependeu, não chorou nem um dos terço dos baldes que nós chorámos. Irritam-nos os clichés - precisamente como o do tempo curar tudo - e ai jesus, credo, meu deus, nossa senhora, buda, alá e mais não-sei-quantos deuses e santos e anjos e arcanjos ali todos de repente invocados em vão. Achamos que buaaaaa, já nem conseguimos dizer o que é que achamos porque entretanto começamos a soluçar. A Kleenex agradece o aumento dos lucros mensais. Não queremos saber de nada, regredimos a esta fase, como se tivéssemos de novo três anos:
Mas mais tarde ou mais cedo, geralmente mais tarde,tchanaaam!, ficamos curados. Curados na verdadeira acepção da palavra. Não o curado de estar sempre ansioso por saber onde a pessoa está, o que é que faz, com quem é que anda. Não o curado de procurar ver a pessoa. Não o curado de procurar não ver a pessoa. Não o curado de, de vez em quando, ainda ficar a pensar naquilo antes de adormecer. Não o curado de pensar E se... seguido de uma série de conjecturas estúpidas. Não. O curado de cicatrizado, arrumado, indiferente.
E é muita energia investida em sofrimento. É um desperdício. E agora - pelo menos eu - quando olho para trás, não consigo fazer outra coisa que não rir-me de mim própria e disso tudo. E pensar Era tão pateta, aiiii, se eu soubesse o que sei hoje!
Não, não arrumei nenhum caso pendente recentemente, obrigado.
É só uma divagação abstracta, sem relação espaço-temporal com nada.
Ora, o ano passado fiz uma whislist de prendas de aniversário pra vocês não terem dúvidas no momento de me oferecer coisas. Acontece que não me calhou nada. Talvez tenha sido um bocado exigente. Então este ano, tive a brilhante ideia de reduzir a lista a apenas uma item (que, por acaso, já constava na lista do ano passado).
Assim, podem todos fazer uma vaquinha e empenhar os vossos esforços numa única e exclusiva direcção, meus pequenos bambis.
É a minha melhor amiga desde os três anos. Ou deeeesde os trêêêês aaaaanos (ler com guinchinhos enquanto espetam três dedos da mão direita à frente dos olhos assustados do vosso interlocutor), como apregoamos, orgulhosas e emocionadas, a toda e qualquer pessoa que se cruze no nosso caminho, seja no meio da rua, seja na fila da casa-de-banho, quando já enfiámos álcool q.b. no bucho.
A Lili é - muito provavelmente - a minha única e verdadeira grande amiga mulher. Sou mais de amigos. Todas as minhas relações com pseudograndesamigas têm terminado em tragédia. Às vezes em tragicomédia, tal é o estado nem sei se ria, nem sei se chore. Já não lamento nada, nenhuma. E é verdade que se me f*odem também consigo ser bem fodid@ como retribuição.
Aos 4 anos gostávamos de levar no mesmo dia, pra Pré-Primária, aquela camisa esverdeada com uns desenhos (ui, linda!) que tínhamos igual. Aos 8 lamentávamo-nos que os nossos pais não tivessem comprado casa no mesmo bairro (apesar de morarmos pertíssimo). Aos 10 fomos actuar na festa de Natal da escola, por opção própria, com o espectacular outfit escolhido por nós de calças de ganga e t-shirt branca. Aos 11 enrolámos uma folha de papel do caderno e acendemos na lareira, pra ver o que era fumar. Aos 12 imitávamos as Spice Girls, ela era a Geri, eu a Emma e inventávamos coreografias para a If you wanna be my lover, you gotta get with my friends (...). Em todas as idades sempre falámos, falámos, falámos, falámos, falámos. Gostamos as duas abusadamente de rir e de falar. Sei que, em grupo, acabamos por, inconscientemente, monopolizar as conversas e ficar a falar de coisas nossas. Hoje em dia, poucas coisas mudaram. Continuamos a passar por loucas. Só por darmos concertos requeridos por absolutamente ninguém, para todo um parque de campismo às 6 da tarde. Ou por molharmos belgas em Baileys – à falta de leite. Ou por coreografarmos músicas pimba de uma forma absolutamente espectacular.
A sensação que tenho é que, sempre que estamos juntas, não falta mais ninguém. Nós chegamos. Nós gostamos. Podemos ir passar um fim-de-semana só as duas ou irmos sozinhas para um festival onde não conheçamos ninguém que bastamo-nos a nós próprias e divertimo-nos, como nunca, sozinhas.
Eu estou em Lisboa, ela está no Porto, encontramo-nos todos os fins-de-semana quando vamos a casa e, ainda assim, é das pessoas mais presentes na minha vida. Nos últimos vinte anos nunca falhou e sei que, no matter what, nunca vai falhar. E temos tantos episódios, tantas recordações, tantos ataques de riso, tantas parvoíces, tantos abraços, tantas conversas, tantas noites, madrugadas, tantos olhares cúmplices, tantas private jokes, tantas histórias para contar.
Só pra vocês quase verem como nós somos giras. E modestas.
Em desespero de causa, escrever num cartão retirado directamente do lixo o destino pretendido e pedir boleia à borda da estrada, de polegar ao alto. Especialmente se forem raparigas.
Ui, que foto mai'linda e feminina pra se publicar.
Sou alguém cuja felicidade depende, em parte, do facto de andar descalça. Portanto, vá, não me digam que não sou uma pessoa simples e fácil de contentar.
É uma teoria da qual sou co-autora, juntamente com uma amiga e que enuncia a requintada e filosófica frase isso são gajos que dão demasiado trabalho a uma pessoa!, partindo da premissa que com giros nos referimos a tudo o que parece bom demais pro nosso bico. E até agora sei que, nas relações que tive, a coisa estava mais ou menos sob controlo. Existia ali uma espécie de justiça distributiva e tranquilizante, aaaaaaaaaaaahhhh (inspiração profunda seguida de expiração profunda e serena). De ambas as partes. Não que isso tenha evitado que eu fosse deixada (filho da puta!). Ou que fosse eu a deixar, de outras vezes. Mas sabia que aquilo não era areia demais para a minha camioneta. E que eu também não era excesso de areia para veículos alheios. Fazia portanto uma boa aplicação da teoria supracitada.
Mas agora pronto, puf, kaput, ko e mais uma série de onomatopeias que representem a tragédia, o horror, o drama (palmas das mãos coladas às testas, se faz favor!). Imaginem como se sentiriam se o Johnny (*) (o Deep, meus pequenos trolls, what else?) ou outro igualmente platónico e idealizável vos batesse à porta e vos dissesse És tudo o que eu sempre quis enquanto vos abraçava pela cintura e vos inclinava para trás num beijo que dura e dura e dura. E depois disso se ajoelhasse e vos perguntasse Fica comigo!, ficas?. Pronto, é assim que eu me sinto todos os dias. E se por um lado, é bom, é maravilhoso, é tum tum (coração a saltar do tórax) e me sinto a pairar, a levitar, por outro pode ser um bocadinho aflitivo. Porque não me consigo habituar à ideia. Estou sempre a duvidar da sorte que tenho, a pensar que os deuses devem estar loucos!. Sempre à espera do momento em que vou acordar, estremunhada na minha cama, e pensar Ando com uns sonhos estranhíssimos, tenho de deixar os estupefacientes que isto não faz bem nenhum à cabeça.
Sim, venham-me cá com merdas que temos de ser confiantes, auto-estima nos píncaros porque somos muita boas, as melhores do mundo e quem não quiser, não quer, mais fica, que o mundo está cheio deles e eu cá quero que tudo se f*da. Pois, eu também já tive fases dessas. Mas agora passou-me num estalar de dedos e eu que me aguente.
(*) De salientar que o Johnny é impecável e vos dá todos os motivos para se sentirem seguras. Vocês é que não batem lá muito bem da cabeça.
Se não voltar ficam já a saber que é por ter levado, sem ensaio prévio, uma daquelas tendas que se montam sozinhas em cinco segundos mas que são quase impossiveís de fechar.
As minhas olheirasexistem e quase sem variações de intensidade nas seguintes situações:
1. Zero horas de sono.
2. Poucas horas de sono por motivos académicos.
3. Poucas horas de sono por motivos etanólicos, dançólicos festarólicos, ramboiólicos e outras palavras assim bonitas acabadas em -ólicas, que vão dar todas no mesmo.
4.Poucas horas de sono por motivos não reveláveis num espaço decente como este.
5.Horas de sono desejáveis (7/8horas).
6.Férias, ausência total de preocupações, felicidade, plim plim, coraçõezinhos nos olhos, papo pro ar, 12 horas de sono por dia, acordar sem despertador.
7. Qualquer outra situação não contemplada nas acima descritas e que inclua nenhuma, poucas, algumas, muitas ou imeeensas horas de sono.
Expliquem-me lá isto qu'eu já estou farta desta merda.
...de boca bem fechada, de forma a que nenhum espécie de som ou idiotice alerta-broncos-QI-inferior-a-70 saia dali. E claro, só se for a primeira vez e nunca os tiverem ouvido antes. Caso contrário, torna-se difícil de esquecer/ignorar.
Os gémeos Guedes.
[ Ainda por cima são dois, pooorra!, qu'o Universo não brinca.]
Qu'isto assim não pode continuar. Os teus pais ensinaram-te a ser uma menina bem-educada. Portanto, quando os teus amigos te dizem que vão casar [sim, já começo a entrar nessa idade estúpida]...
Atitudes erradas: ar de chocada, ar de absolutamente escandalizada, ar de NÃO-POSSO!, ar de enjoadinha, revirar os olhos, levar a mão à testa, engolir em seco, ficar com um nó na garganta, dizer Por favor, tu não faças isso ou tinhas uma vida toda pela frente! ou Isso é mesmo necessário?, iniciar uma longa discussão filosófica sobre a importância do casamento ou qualquer outra atitude histriónica que possa levar alguém que vê de fora a crer que o Apocalipse se vai dar ali dentro de 5, 4, 3, 2...
Atitudes certas: dizer Parabééééééééns!, dar um abraço, dois beijinhos epôr um sorriso credível. Nem exageradamente forçado, nem exageradamente grande senão também é de desconfiar. AH, e muito importante, dizer sempre que os anéis/alianças/lácomosechamaaquilo são lindos enquanto se entreabe a boca num pequeno e delicado Oh!.
Agora é só deixar as erradas para levar a cabo as certas. Istamos sempri a tempú dxi ségui ú cáminho dá luz como diriam os mestres da Igreja Universal do Reino de Deus. [ Ou então foi só uma coisa parva que inventei agora.]
FIz hoje o último exame da minha última época de exames do curso (e da vida, espera-se!). Tudo em primeira fase, fuck yeah! Ia enlouquecendo mas ainda não foi desta. ( Ai não?).
Agora quero umas férias com tudo a que tenho direito. Que é isto:
e isto:
e isto:
e isto:
E isto:
E isto:
[ Sem preferência, qualquer marca é aceitável. ]
E isto:
E assim de repente, vá, mais nada, já está mais que bom, obrigado.