31 de janeiro de 2011
29 de janeiro de 2011
28 de janeiro de 2011
e agora seguem-se quatro semanas de pipis.
Psiquiatria: check !
Foi mau. Muito aquém das expectativas. Adoro patologia psiquiátrica, adoro doentes psiquiátricos. Mas passar de Medicina Interna para Psiquiatria foi demasiado violento para conseguir gostar. O dia-a-dia quase me matou de tédio. Estar todo o dia fechada num gabinete não serve pra mim. Até a Urgência de Psiquiatria é seca. Quatro horas sentada a rodar num banco giratório, à espera que acontecesse alguma coisa, que aparecesse alguém.
Na enfermaria, doentes demasiado sedados para ser academicamente produtivo. Nas consultas externas, doentes demasiado estabilizados para ser academicamente produtivo. Por um lado fico triste porque pensei que ia adorar e, em vez disso, passei o estágio todo frustrada. Por outro, ainda bem que foi esclarecedor.
Na enfermaria, doentes demasiado sedados para ser academicamente produtivo. Nas consultas externas, doentes demasiado estabilizados para ser academicamente produtivo. Por um lado fico triste porque pensei que ia adorar e, em vez disso, passei o estágio todo frustrada. Por outro, ainda bem que foi esclarecedor.
Preciso de saaaaaaaangue. Volta Curry Cabral, sniiiif. Fui feita para estar em pé, a correr pra um lado e pro outro, andar exausta, AGIR, picar doentes, auscultar doentes, ter doentes a descompensar e a precisar de ser salvos ali, debaixo das minhas mãos. É assim que me sinto realizada. E eu sei que, em vez de ser idiota, devia era pensar em coisas nobres como dinheiro, tempo livre, especialidades que rendam no privado, um corpo que não vai aguentar aos 50 o mesmo ritmo que aguenta aos 20. Mas a paixão sempre me caracterizou bem melhor do que a sensatez. [ O que é imeeeeeensa pena porque eu também gostava de ter um horário das 9h às 13h, como a sô dotôra com quem fiquei.]
27 de janeiro de 2011
não sei se é importante referir que é só desde há quatro dias.
desde que tenho carro em Lisboa, estou cada vez mais fã de transportes públicos.
se virem uma anhada, em sentido contrário, aaaaaaaahhh that's me!
25 de janeiro de 2011
Bravo, Ragazza, Cosmo, Happy, Vogue, Nenhuma.
É a evolução do meu consumo de revistas femininas, desde a pré-adolescência até à actualidade. Atente-se na última transição (atentaram?) espectacular e onde, maduramente, estagnei.
Coisas idiotas das revistas femininas
um, capa: muito originais, sempre. Uma tipa altamente photoshopizada com um cabelo perfeito, uma pele perfeita, umas curvas perfeitas e o sorriso número 3. AH! Excepção feita à capa da Happy, onde a dita cuja ostentará alta tromba e um modelito que nos deixará sempre na dúvida se ela está a tentar encarnar um ser galáctico ou o robocop.
dois, os conselhos de beleza das famosas: siiim, porque basta bebermos 1,5L de água por dia, usar creme hidratante depois do banho, exfoliar a pele uma vez por semana, usar máscara no cabelo e dormir 8horas por dia para ficarmos logo ali tipo Angelinas Jolies em série.
três, os conselhos sexuais: Tão fáceis de visualizar mentalmente como de executar: sente-o numa cadeira confortável enquanto passa a perna direita por cima da cabeça dele e a perna esquerda por cima do braço da cadeira, enquanto apoia as suas mãos no chão ao mesmo tempo que lhe passa um cubo de gelo pelo corpo com a boca e lhe massaja os testículos com a mão livre. [ oi, existe alguma mão livre?]
quatro, o incentivo a coisas moralmente incorrectas como solução para todos os problemas da vida: Traições, [depois de trair o seu marido, a sua relação ganhará um novo alento], ser prostituta por uma noite, contratar um acompanhante de luxo, swing, vouyerismo, sexo a três, sexo a mais de três, sexo com desconhecidos, sexo com mulheres, sexo em locais públicos e todas as coisas que tenham a palavra sexo e não incluam o namorado/marido, que isso já é uma coisa old school.
cinco, relatos de experiências esotéricas de todos os tipos: [ se não existissem testemunhos, uma pessoa ainda duvidava mas assim, como pode? ]. Astrologia, tarot, quiromancia, leitura do futuro em bolas de cristal, búzios, folhas de chá, reencarnações e vidas passadas e vidas futuras e vidas paralelas, numerologia, auras.
seis, o preço ridículo da roupa das páginas de moda: uma pessoa que pode comprar aquele vestido Chanel vai aos desfiles de alta costura para se inspirar. Não compra a Cosmo.
sete, mais fotos de mulheres do que homens.
Coisas não idiotas das revistas femininas
um: a - mais ou menos recente - mania dos vouchers.
dois: quê, os vouchers não são bons o suficiente? Exigentes dum raio! Não há ponto número dois que até se lixam.
24 de janeiro de 2011
23 de janeiro de 2011
para termos de nos chatear já, aqui e agora!
Quem é que hoje não vai votar, han?
[ A não ser que fossem votar Cavaco. Nesse caso, deixem-se 'tar sogaditos!, ora com um frio destes e ainda pra mais ao domingo de manhã, apetece lá sair de casa!]
22 de janeiro de 2011
21 de janeiro de 2011
alguém?
estou desde ontem a pensar como é que Lyonce é a junção dos nomes Luciana e Yannick e ainda não consegui atingir a cena.
20 de janeiro de 2011
depois de um processo penoso que durou aaaaanos, ter finalmente aceite que já não dava para continuar a usar os meus all star cor-de-rosa e que era por esse motivo que as pessoas olhavam para os meus pés com uma expressão de pobrezinha-tem-os-ténis-tão-rotos-que-até-dá-para-ver-de-que-cor-são-as-meias!
Pensei Então e agora vou comprar uns novos de que cor? Não vou comprar cor-de-rosa outra vez, né?, já tenho idade pra deixar de ser parva.
Huummm... Estes?
Estes?
Estes?
Estes?
Estes?
Estes?
Eis que acabo por comprar :
TCHARAM!
19 de janeiro de 2011
18 de janeiro de 2011
primeiro dia tranquilo. tranquilíssimo. até demais pro meu gosto.
a única coisa excitante que aconteceu foi estar num gabinete trancada à chave com um doente e ele começar a estrebuchar e a revirar os olhos enquanto gritava que o espírito santo estava a descer sobre ele.
Cat, depois de frear um rápido impulso (só uma fracção de segundo) de se atirar em voo pela janela - o que seria mais rápido do que destrancar a porta para fugir - aguardou calmamente que o espírito santo se retirasse, ansiando que o dito cujo, com tantos momentos pra descer à terra, não voltasse a escolher um assim, inoportuno.
17 de janeiro de 2011
15 de janeiro de 2011
desde 15 de Janeiro de 2009
dois
anos
de
pura
estupidez.
Obrigados.
Gosto muito muito muito de escrever aqui. Uma verdadeira catarse pra mim.
Saturday's Lovely Stuff
A pedido de muitas famílias [naa, foi só duma!], o Sunday's passa a Saturday's. Domingo é mesmo um dia merdoso e estúpido, Sábado é que é.
14 de janeiro de 2011
não estou preparada para deixar de ser virgem.
era só o que faltava. ora agora porque um idiota qualquer se enganou no zodíaco, levo uma vida inteira convencida de que sou virgem, que é um signo espectacular, sempre a levar com aquelas piadinhas básicas, tais como virgem só se for das orelhas! e assim, de repente, sem preparação psicológica, passo a ser leão? Tem algum jeito, leão? Que raio de signo é esse? Por UM dia. UM dia, senhores! virgem sou e virgem hei-de ser.
Vai-se a ver, qualquer dia descobrem, quê?, que as previsões astrológicas também não são válidas...?
Olha qu'isto há coisas!
tenho a melhor profissão do mundo, juro.
hoje é, definitivamente, o último dia.
O último dia de três meses que me transformaram. Deixei de ser uma estudante preguiçosa, que preferia ficar a dormir em vez de ir às teóricas da manhã, que deixava sempre tudo-prà-última, que era, tantas vezes, descuidada para passar a ser uma pessoa tão empenhada, motivada, esforçada, tão mais resistente ao cansaço que quase não me reconheço.
Três meses que me deixaram irremediavelmente apaixonada por ser médica. Que me inundaram por uma sensação tão boa, gratificante, comovente. Aguardava há muito este momento. Foi excitante, foram muitas primeiras vezes. A primeira vez que assumi doentes à minha responsabilidade. A primeira vez que falei sozinha com familiares, que anunciei mortes, cancros, altas. A primeira vez que pus catéteres venosos centrais, fiz punções lombares, paracenteses, toracocenteses. A primeira vez que me piquei numa agulha com a qual ia colher sangue a um doente. A primeira vez que fui pra casa a pensar nos doentes. A primeira vez que soube o que era passar feriados, férias e folgas relaxada mas sempre com aquela sensaçãozinha como será que está o sr.Tal?. A primeira vez que fui trabalhar nas férias. A primeira vez que a filha dum doente meu que, infelizmente, morreu, foi ao hospital à minha procura para, de lágrimas nos olhos, me oferecer uma prenda como forma de agradecimento por tudo o que sabia que tinha feito pelo pai. A primeira vez que, contabilizando o enfermaria + Urgência trabalhei 16 horas seguidas. A primeira vez que, por mais cansada que me sentisse, acordava todos os dias entusiasmada com a sensação de wake up, it's time to save lifes! [© o meu homem!]. A primeira vez que descobri que adoro tratar velhotes [a média de idades dos meus doentes é, pr'aí 83 anos, numa estimativa por baixo]. A primeira vez que um doente me chamou a Dra. da trança ao lado, mesmo nos dias em que eu não ia de trança ao lado. A primeira vez que me senti super competente, com estaleca, com capacidade de agir rapidamente, interpretar rapidamente, lidar com situações rapidamente. A primeira vez que tive uma noção real da quantidade de doentes que ficam abandonados nos hospitais, pelo simples facto da família não querer saber. A primeira vez que um doente, como pessoa, me incomodou tanto que não consegui deixar que o facto de não gostar dele, não influenciasse a forma como me relacionava com ele. A primeira vez que vi alguém vomitar cócó [desculpem lá o mau jeito, foi academicamente importante, 'tá bem?].
Sou profissionalmente mais rica. Mas, inquestionavelmente, como pessoa também. Levo todas as pessoas que trabalham naquele serviço mas, muito especialmente, os meus velhotes - tantos de olhos bonitos! - a quem tantas vezes segurei na mão, no coração. Todos.
E agora, quando for para estágios onde não exista uma falta brutal de recursos humanos para um excesso brutal de doentes e tratem os alunos de 6º ano como alunos de 6º ano - que é o normal - e não como médicos, quando ficar sentada a ver fazer em vez de fazer, vou sentir-me frustrada, inútil e desperdiçada.
Começo segunda-feira no Júlio de Matos que é um hospital tão bonito, cor-de-rosa rodeado de árvores e com vedação verde que nem deixa adivinhar o que se passa lá dentro. Psiquiatria é só a minha especialidade favorita. Hiiiigh expectations.
13 de janeiro de 2011
não que me faltem ideias maquiavélicas.. mas mandem vir!
sugestões sobre como fazer desaparecer, sub-repticiamente, a PlayStation Portable do namorado.
N.R.: atravessar-me em trajes menores pelo seu campo de visão, não a faz desaparecer.
12 de janeiro de 2011
sim, porque os criminosos são todos feios, porcos, maus, de dentes amarelos e cheiram mal dos pés.
então por isso devemos dar o benefício da dúvida ao Renatinho porque o coitadinho! é tão novo, ingénuo e bonitinho que, com certeza, deve ter tido um bom - se não mesmo excelente - motivo (*) para arrancar a pilinha do Carlos Castro, um bocadinho de um olho - oh, também pra que é que ele precisava de dois olhos completos? - e ainda lhe enfiar um portátil p'las fuças.
e já agora, sendo ainda o que me indigna mais e ainda me está aqui atravessado na garganta (fazer respectivo gesto de coisaatravessadanagarganta): porque é que ninguém teve a decência de informar o Renatinho que o C.C. era gay? pooooorquê? não se faz uma coisa destas à criança, é que sinceramente!
e já agora, sendo ainda o que me indigna mais e ainda me está aqui atravessado na garganta (fazer respectivo gesto de coisaatravessadanagarganta): porque é que ninguém teve a decência de informar o Renatinho que o C.C. era gay? pooooorquê? não se faz uma coisa destas à criança, é que sinceramente!
(*) tipo, existe algum?
amo-te lisboa.
detesto quando, por motivos de força maior, sou obrigada a uma incursão nos subúrbios.
[ pá, desculpem.]
11 de janeiro de 2011
sei que já o leram noutro lado mas gosto tanto que tinha de o "imortalizar" aqui.
Hoje levantei-me cedo a pensar no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está a chover, ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro, ou sentir-me encorajado para gerir as minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre a minha saúde, ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não me terem dado tudo o que eu queria, ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar, ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico, ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos, ou entusiasmar-me com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não sairam como planeei, posso ficar feliz por ter o dia de hoje para recomeçar. O dia está à minha frente, à espera para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.
Charles Chaplin
10 de janeiro de 2011
agradecida.
Caruma, B Fachada, Diabo na Cruz, Samuel Úria, Pontos Negros, Os Azeitonas, Anaquim é favor actualizarem os próximos concertos no vosso myspace.
Oquestrada, é favor darem concertos em Portugal.
Deolinda, é favor darem concertos a menos de 30 euros. Já estão com a put@ da mania, é? Ai aaaai!
Manuel Cruz, é favor voltares a dar concertos. E não te suicidares antes dos 40, se faz favor. Que foooi? Acho que tens potencial para isso.
Rita Red Shoes e David Fonseca, é favor não darem mais concertos. Tipo nunca mais na vida. Para dormir, a malta tem o Diazepam. 5mg à noite, ui!, é um mimo.
9 de janeiro de 2011
8 de janeiro de 2011
não queeeeeeeeeeeero!
não quero que a próxima semana comece. Não é por deixar de ser fim-de-semana, não é por ir ter oral na 5ª com o chefe de Serviço. É por ser a minha última semana no Curry. Depois sigo viagem para outro sítio. Fico mesmo triste. Por mim, ficava lá o resto do ano. Eu, que sempre odiei rotinas, que nunca me habituei saudavelmente a estar muito tempo no mesmo sítio. Aquele hospital e aquelas pessoas são a minha casa. Aquele serviço velho, de cor desbotada e que cheira a velhinhos é a minha casa.
7 de janeiro de 2011
6 de janeiro de 2011
respiiiira que é só mais um ano.
desde que vim para Lisboa - na altura, a chorar baba e ranho que eu queria mesmo era ter ido para Coimbra pra lócura - que moro na mesma casa. Três quartos. E nesses seis anos, muita gente passou por cá. Uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito assim que me lembre de repente. Gostava muito de morar com pessoas. A sério, gostava mesmo. Quase quase sempre correu bem e existiram alturas maravilhosas, ahhh harmonia!, parecia uma família mas com a vantagem de não ter as partes chatas das famílias. E de ainda se sair com a família, trocar roupa com a família, rir até doer a barriga com a família, partilhar fumanços com a família. E chás. 80% delas eram pessoas desconhecidas, algumas que, cá, se tornaram grandes grandes amigas.
Mas, devagar, devagarinho - não só mas também devido a uma série de acontecimentos desencadeantes, enche, enche, enche, enche, enche, enche, enche! - tornou-se tudo diferente. E hoje, estou a anos-luz dessa pessoa que descrevi acima. Dava o meu dedo mindinho - só esse que os outros fazem-me falta - para poder morar sozinha. Quem diz sozinha, diz com alguém que eu quisesse que morasse comigo, se é que me entendem.
Para chegar a casa e aaaaaaaaahhhhh! silêncio, aaaaaaaaah! a casa só para mim., aaaaaaah aqui-vou-ser-feliz. Para poder ter as minhas coisas espalhadas por todas as divisões da casa, por todas as prateleiras [ e não só por uma no frigorífico, uma no congelador, uma no móvel da casa-de-banho, uma na despensa]. Para poder andar pela casa vestida ou despida como bem quiser. Para poder espalhar o amor em todas as divisões e não só no quarto. Para me poder esticar ao comprido no sofá da sala e adormecer aí, sem ter de dar lugar a ninguém. Para não ter de ver louça suja dos outros, migalhas dos outros, escovas de dentes dos outros, shampôs dos outros, jantares dos outros, os amigos dos outros, as merdas dos outros. E para não ter de me preocupar com que os outros vejam as minhas. Não me apetece os dramas dos outros que já bem me chegam os meus. Para ver o canal que eu quiser. Para pôr a música que eu quiser a ouvir-se na casa toda. Para não ter de estar com sorrisinhos forçados, com cordialidades forçadas, com esforços esforçados.
Tudo me irrita. Sério, ando mesmo sensível. Sensível e egoísta e anti-social. Nem é das pessoas, é de mim própria. Mas como precoce que sempre fui, isto tudo chegou antes de eu ser uma pessoa com fonte de rendimentos e, como não passo duma estudante miserável não me resta outra opção senão casas de estudantes. Ou então montar uma tenda no parque de campismo de Monsanto.
5 de janeiro de 2011
4 de janeiro de 2011
essa linda palavra.
Os Xutos devem ser a única banda no mundo que tem uma música com a palavra fotocópias.
[Vá, agora não me cheguem aqui a dizer Não, não, eu conheço imensas músicas com essa palavra. Até tenho aqui uma pasta só com músicas alusivas à mui bela arte de fotocopiar!, que isto é um blogue cuja opinião é sério, rigorosa e isenta. Quase estatística. Por isso, vejam lá, han?]
2 de janeiro de 2011
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